CP oferece viagens a pessoas com necessidades especiais


CP oferece viagens a pessoas com necessidades especiais


Assinala-se no próximo sábado o Dia internacional das Pessoas com Deficiência. Para marcar a data a CP vai oferecer viagens gratuitas a todos os cidadãos com necessidades especiais. A iniciativa estende-se a toda a rede nacional, quer a nível suburbano, quer de longo curso.

Num comunicado divulgado no seu site, a empresa de Caminhos de Ferro portugueses anuncia que vão ser disponibilizadas deslocações gratuitas a todos os cidadãos com algum tipo de deficiência durante todo o dia 3 de Dezembro. Além dos clientes com necessidades, também o respetivo acompanhante terá direito a uma viagem gratuita.

A ação estende-se a todos os comboios da CP e a todas as linhas do país. Para aceder ao serviço basta que apresente na hora da compra do bilhete a "Certidão Multiusos, o Cartão de Deficiente ou o Cartão de Deficiente das Forças Armadas", esclarece a nota.

A CP disponibiliza ainda acompanhamento no embarque e desembarque dos cidadãos que não se façam acompanhar por mais ninguém. Essa ajuda deve ser requisitada até 48 horas antes da viagem através do serviço SIM - Serviço Integrado de Mobilidade.

O Dia Internacional das Pessoas com Deficiência assinala-se desde 1998, altura em que foi instituída pela ONU. O objetivo da data é promover uma maior compreensão dos assuntos relacionados com a deficiência, assim como defender a dignidade e direitos destas pessoas.

O Circo Borboleta

Um pequeno video de motivação que está dividida em duas partes. Vale a pena assistir.


Robótica como terapia para autistas

Projecto com a APPACDM estende-se a várias cidades

Um grupo de investigação da Universidade do Minho, em parceria da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM), está a desenvolver um projecto para a utilização de robôs como meio de comunicação e interacção com alunos autistas. As experiências confirmam que estes conseguem realizar novas tarefas, como sentarem-se num local diferente para brincar com o robô ou realizarem uma actividade com outro colega, tal como a tinham feito com o autómato.

O projecto Robótica-Autismo tem como objectivo à aplicação de ferramentas robóticas para melhorar a vida social de alunos com autismo, melhorando as suas habilidades de interacção e comunicação com pessoas e em contextos diferentes. “Temos trabalhado competências de interacção e de vocalização”, onde “o jovem teria de ser incentivado a pedir algo que quisesse – dizendo “dá”, por exemplo – e o robô iria trazer-lhe a bola”, explicou Filomena Soares, investigadora responsável.

As actividades visaram incentivar os jovens a interagir, pedir e participar em jogos e iniciativas em conjunto com outras pessoas. A ideia surgiu a partir de contactos já existentes com a instituição, onde se verificou haver terreno favorável para o desenvolvimento do estudo, inspirado em duas teses de mestrado em Electrónica Industrial.

A iniciativa procura igualmente “generalizar o conceito, levando-os para novos ambientes, fora da sala aula e junto de pessoas que nunca tinham visto e são experiências demoradas, nem sempre positivas, mas que acabam por ter um final positivo”, continuou.

A docente acrescenta ainda que “tendo por base a interacção, a comunicação e a vocalização, são definidas actividades muito simples, com competências bem definidas, registando-se a realização de novas tarefas pelos alunos com este tipo de problema, como por exemplo o facto de se sentarem num local diferente na sala de aula para brincar com o robô ou realizarem com outro colega uma actividade previamente realizada com o mesmo robô”, explicou.

Alunos têm de verbalizar que querem a bola para obtê-la. O facto de este projecto trabalhar contextos diferenciados acaba por influenciar um envolvimento das famílias, que, desta forma, participam no desenvolvimento e beneficiam de uma transferência de competências e de rotinas muito importantes para o contexto familiar. Segundo a investigadora, “revelou-se determinante o papel da APPACDM, que acabou por facilitar a interacção que proporcionou contactos durante o projecto, assim como uma acção de divulgação e partilha onde todos participaram”.

Através do Ministério da Educação, foram já realizados contactos com outras unidades de ensino estruturado, havendo já reuniões com mais quatro centros que se juntam à APPACDM de Braga no desenvolvimento deste projecto. Desta forma, este grupo de investigação passará a trabalhar com utentes de Arouca, A-Ver-O-Mar, Barcelos e Leça da Palmeira, para além de Braga. Estão igualmente a ser estudadas novas formas de interagir com os alunos com autismo em idade escolar, utilizando plataformas robóticas mais robustas e com maiores capacidades.

“Esperemos que a robótica seja um meio promotor, um interface útil para comunicar com esses jovens”, concluiu Filomena Soares.

Lição de vida por Nick Vujicic

Síndrome de Asperger

Apresentação

Olá todos !


Estamos a iniciar este blog sobre educação especial.
Este blog tem assim como objectivo dar a conhecer as actividades desenvolvidas com os nossos alunos, no nosso agrupamento de escolas e partilhar infomações sobre a educação em sentido mais lato e em particular sobre a educação especial.


Esperamos contar com a vossa participação .

PROGRAMA TEACCH

PROGRAMA TEACCH
Treatment and Education of Autistic and related Communication handicapped CHildren
Foi criado em 1971 por Eric Schopler e seus colaboradores da universidade de Chapel Hill na Carolina do Norte é um programa de tratamento e educação para as crianças de todas as idades com autismo e problemas severos relacionados com a comunicação (Schopler(1980).
A filosofia do programa TEACCH tem como objectivo principal ajudar a criança com autismo a crescer da melhor maneira possível de modo a atingir o máximo de autonomia na idade adulta.
Entre os seus princípios orientadores destacam-se:
  1. Melhoria da capacidade adaptativa da criança.
  2. Colaboração pais /profissionais .
  3. Avaliação individualizada para a intervenção.
  4. Reforço da capacidade.
  5. Teoria cognitiva e comportamental.
  6. Ensino estruturado.
Na perspectiva educacional, o foco do Programa Teacch está no ensino de capacidades de comunicação, organização e partilha social. Assim, centra-se nas áreas fortes, frequentemente encontradas nas crianças com perturbações do espectro do autismo: processamento visual, memorização de rotinas e interesses especiais. O programa deve ser sempre adaptado a diferentes níveis de funcionamento e às necessidades individuais de cada criança.
O TEACCH é um modelo de intervenção que através de uma "estrutura externa", organização de espaço, materiais e actividades, permite criar mentalmente "estruturas internas que devem ser transformadas pela própria criança em estratégias e, mais tarde, automatizadas de modo a funcionar fora da sala de aula em ambientes menos estruturados.
ENSINO ESTRUTURADO
Schopler demonstrou a importãncia de recorrer a um ensino estruturado para crianças com perturbações do espectro do autism. O ensino estruturado inclui a utilização de uma rotina de trabalho individualizada procurando compensar os défices cognitivos, sensoriais, sociais e comunicacionais e comportamentais presentes no autismo:
Cognitivos
  • Atenção
  • Organização
  • Generalização
Sensoriais
  • Inconsistência
  • Hiper e Hipo sensibilidade
Sociais
  • Empatia
  • Reciprocidade
  • Contacto visual
Comunicacionais
  • Compreensão/expressão
  • Reciprocidade
  • Interpretação literal
Comportamentais
  • Previsibilidade
  • Medos
  • Compreensão
A sala de aula dever ser um espaço com áreas claramente definidas e separadas por fronteiras físicas (armários biombos...). A estrutura visual da sala ajuda a criança com autismo a focar a sua atenção nos aspectos mais relevantes das tarefas. O meio de aprendizagem deve ser desprovido de distractores (visuais ou sonoros) que dificultem a identificação de pistas relevantes necessárias para as crianças realizar as actividades. As aprendizagens das crianças com autismo controem -se em rotinas organizadas e necessitam de um ambiente estável.